Teoria da Deficiência Endocanabinoide

O sistema endocanabinoide traz uma mudança de patamar no entendimento do organismo humano.

Descoberto há menos de 60 anos, o sistema endocanabinoide trouxe novas perspectivas para a ciência química, farmacêutica e medicinal, potencializando tratamentos convencionais e criando novos tratamentos baseados no uso de canabinoides. A Teoria da Deficiência Endocanabinoide defende que, pela relevância do sistema endocanabinoide no organismo e nos neurotransmissores de forma geral, uma deficiência pode afetá-los de forma a causar diversas doenças.

Sistema Endocanabinoide: o que é?

Em 1964 acontece pela primeira vez a menção do sistema Endocanabinoide – presente nos seres humanos e em todos os animais vertebrados e envolvido em quase todos os processos fisiológicos e patológicos do corpo humano.

Nele, os pesquisadores identificaram três componentes principais: os endocanabinoides, que são os transmissores; os receptores e as enzimas que sintetizam e degradam esses transmissores.

Há dois principais receptores canabinoides: o CB1 e o CB2. O CB1 se encontra predominantemente no sistema nervoso, tecido conjuntivo, gônadas, glândulas e órgãos. O CB2 aparece no sistema imunológico. São esses receptores que absorvem os canabinoides e faz com que o organismo manifeste os efeitos terapêuticos. O nosso corpo produz canabinoides de forma endógena, ou seja, as substâncias que se ligam nestes receptores CB1 e CB2, principalmente em idades mais jovens. Com o passar dos anos, o nível de produção reduz drasticamente, mas elas continuam sendo primordiais para manter em ordem e atividade outros sistemas do corpo humano, como sistema nervoso, motor, imunológico, ósseo, muscular e digestivo.

Teoria da Deficiência Endocanabinoide

A teoria da deficiência endocanabinoide foi desenvolvida levando-se em consideração a ampla presença do sistema endocanabinoide no organismo. O responsável pela teoria é o Dr. Ethan B. Russo, médico neurologista, pesquisador em psicofarmacologia e fundador/CEO da CReDO Science.

“O sistema endocanabinoide é extremamente complexo, está presente em tudo e exerce a função de regular todos os aspectos da fisiologia humana. Seja qual for a função nela atuará o sistema endocanabinoide”, acredita o Dr. Russo. Um sistema endocanabinoide deficiente pode ser a causa de muitas condições médicas como enxaqueca, fibromialgia e síndrome do intestino irritável.

Diversos distúrbios cerebrais estão associados a deficiências de regulação de neurotransmissores: a acetilcolina na doença de Alzheimer, a dopamina no Parkinson, a serotonina na depressão, entre outros.

Receptores CB1 e CB2 e a deficiência endocanabinoide

Os receptores CB1 estão presentes no cérebro, sistema cardiovascular, pulmões, sistema reprodutivo e músculos. Os receptores CB2 aparecem no baço, sistema imunológico, intestinos e ossos. Já o pâncreas e fígado têm os dois receptores.

Como a produção dos endocanabinoides de forma espontânea diminui com o passar dos anos, a partir de determinada idade é recomendável que todas as pessoas façam a suplementação com fitocanabinoides, que são fundamentais para a manutenção da qualidade de vida e o bom funcionamento do corpo, pois atuam como reguladores dos outros sistemas do corpo e de atividades fisiológicas.

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