Setembro Amarelo e Prevenção ao Suicídio

Setembro Amarelo é a maior campanha de prevenção ao suicídio no mundo. No Brasil, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgam e estimulam o debate sobre o suicídio nas esferas públicas e privadas. O lema de 2022 é “A vida é a melhor escolha”. Cerca de 14 mil casos de tentativas de suicídio são registrados por ano no país. A OMS (Organização Mundial da Saúde), com base em dados coletados em 2019, estima que haja mais de 01 milhão de casos no mundo todo. Os dados oficiais contabilizam mais de 700 mil suicídios, porém há centenas de milhares de casos subnotificados.

A Vida é a Melhor Escolha

Suicídio ainda é um tema tabu, e por isso pouco discutido pela sociedade. E o continente americano está na contramão do mundo: enquanto os casos de suicídio estejam diminuindo em geral, os países das Américas apresentam índices com aumento alarmante.

Quase a totalidade das tentativas de suicídio são relacionadas às doenças mentais. Por isso o diagnóstico e a adesão ao tratamento / tratamento correto são tão importantes para que mais vidas possam ser salvas.

As medidas de prevenção do suicídio são de responsabilidade de todos os cidadãos. É primordial saber ouvir, reconhecer, indicar ajuda, acompanhar durante o tratamento e manter-se informado. Não é preciso muito para ajudar, basta empatia e escuta ativa.

A cartilha Suicídio: informando para prevenir contém informações como mitos sobre o comportamento suicida e fatores de risco e proteção, e é disponibilizada gratuitamente pelo CFM.

Sinais de alerta para o suicídio

Como identificar e ajudar uma pessoa com pensamentos suicidas? Os principais sinais de alerta são tentativa prévia de suicídio, ideações suicidas e doença psiquiátrica, especialmente as não diagnosticadas ou tratadas erroneamente. Alcoolismo, dependência química, depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno de personalidade figuram entre as doenças mentais com mais propensão ao suicídio. Questões sociais, psicológicas e condições de saúde limitantes são outros aspectos que tornam a pessoa mais suscetível ao suicídio.

Se a pessoa diz que pensa ou tem vontade de cometer suicídio, ela deve ser levada a sério, e não ser julgada, pois desamparo, desespero e desesperança são sentimentos comuns nessa situação. 

Como ajudar um suicida

Fora da crise, há algumas medidas que podem ajudar as pessoas com tendências suicidas, como oferecer rede de apoio, suporte familiar, estreitar laços sociais e afetivos, independência e autonomia financeira, fé ou prática religiosa – independente de qual – e acesso aos serviços de saúde física e mental.

Em situações mais críticas, o primeiro passo para ajudar uma pessoa que possa tentar suicídio é estar atento e disponível. Períodos alternados entre desejo de morrer e desejo de viver, impulsividade e rigidez/inflexibilidade dos pensamentos são os principais indícios nessa etapa. Escuta ativa e acolhedora, mostrar à pessoa como ela pode ser da crise (através de ajuda psicológica e/ou de consulta com psiquiatra e tratamento medicamentoso), estar atento aos meios que ela possa usar para se matar (armas, facas e objetos perfurantes, remédios, etc) e acionar a rede de apoio (pais, companheiros, filhos, amigos, professores: todos que convivem de perto com a pessoa).

Em caso de emergência, ligue imediatamente 192, para o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou procure ajuda médica 24 horas.

Ao menor sinal, procure um psiquiatra e um psicólogo. Cerca de 60% das pessoas que conseguiram cometer suicídio nunca passaram por uma consulta com esses profissionais de saúde. Fique atento aos sinais.

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