De 21 a 28 de agosto acontece a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual ou Múltipla. A campanha acontece desde 1963, com iniciativa da Apae Brasil (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), e em 2017 passou a fazer parte do calendário nacional. O objetivo da data é conscientizar a sociedade acerca da luta pelos direitos da pessoa com deficiência, das condições sociais e da falta de acessibilidade, o que limita a participação coletiva, em igualdade de condições, com as demais pessoas.
O que é deficiência intelectual?
A deficiência intelectual, também chamada de deficiência mental ou cognitiva, é a manifestação de limitações nas habilidades mentais gerais. Tem relação com atividades que envolvam raciocínio, resolução de problemas, planejamento, compreensão de ideias abstratas, relações sociais, autogestão, comunicação, compreensão e obediência a regras.
Sintomas da deficiência intelectual
Os primeiros indícios de deficiência intelectual costumam aparecer na infância, e quanto mais cedo for o diagnóstico, mais cedo começa o tratamento e melhores as chances da pessoa com deficiência poder viver uma vida com independência e autonomia.
Os principais sintomas observados são atraso no desenvolvimento, falta de curiosidade, problemas de aprendizado, dores somáticas, alterações no humor (medo constante e excessivo, irritabilidade, nervosismo, alteração no apetite, fadiga, etc) e regressão de habilidades já adquiridas.
Deficiência Múltipla
É considerado que uma pessoa tenha deficiência múltipla quando duas ou mais áreas são afetadas, havendo associação entre diferentes deficiências. A definição de deficiência múltipla, segundo o Governo Federal através da Política Nacional de Educação Especial (PNEE), é “associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental / visual / auditiva / física) com comportamento que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa”.
Tratamento para deficiência intelectual e múltipla
O tratamento para qualquer deficiência precisa ser multidisciplinar – envolve acompanhamento médico frequente, terapias com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. No entanto, os cuidados não devem ficar restritos às terapias. No ambiente familiar e escolar/de trabalho, estímulos e adaptações devem ser feitas para que as pessoas com deficiências intelectuais ou múltiplas possam participar da vida em sociedade.
Canabidiol e as deficiências intelectuais e múltiplas
O canabidiol (CBD), uma substância extraída da folha da Cannabis sativa, é um canabinoide que age no sistema nervoso central e, embora ainda carregue o estigma por ser derivado da maconha, é um poderoso medicamento para o tratamento de dezenas de doenças e transtornos. Não possui efeito psicoativo e, no Brasil, a venda do óleo de canabidiol foi liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Para o tratamento da deficiência intelectual, o canabidiol vem sendo testado no mundo inteiro. Pesquisadores australianos do Murdoch Children’s Research Institute fizeram uma pesquisa com crianças e o uso do canabidiol apontou uma boa redução dos quadros de irritabilidade, agressividade e autolesão, justamente os principais comportamentos que impactam na qualidade de vida das pessoas com deficiência intelectual.
O canabidiol, ao contrário de outros medicamentos, não possui efeitos colaterais, levando segurança para o tratamento dos pacientes.
Algumas pessoas com deficiência múltipla têm dores neuropáticas, e o CBD também é altamente eficaz para o manejo de dores neuropáticas e crônicas, além de auxiliar nos sintomas como ansiedade e insônia.
O óleo de canabidiol é um produto seguro. Converse com o seu médico sobre a possibilidade de incluir o CBD no tratamento.
