Dia Nacional do Combate ao Fumo

Malefícios do cigarro e dicas para largar o vício

29 de agosto é o Dia Nacional do Combate ao Fumo. A data foi criada em 1986 e, desde então, entidades públicas e privadas unem forças para sensibilizar e mobilizar a sociedade sobre os danos físicos, sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo uso do tabaco. O tabagismo é um problema de saúde pública e coletiva. O tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas por ano, diretamente. E mais de 1 milhão de óbitos de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

Malefícios do cigarro

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 157 mil brasileiros morrem precocemente, por ano, devido às doenças relacionadas ao tabagismo. Muitos problemas de saúde, como câncer do pulmão, enfisema, bronquite, asma e infecções respiratórias, são causados pelo uso de tabaco. Os casos graves da COVID-19 também têm relação direta com o fumo. As estimativas são de que 90% dos óbitos de câncer de pulmão são de pacientes tabagistas.

É importante entender que o tabagismo é um transtorno. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), responsável pela Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde [CID-11], trata-se de um dos “transtornos mentais, comportamentais ou do neurodesenvolvimento” em razão do uso de substância psicoativa. 

Além disso, fumantes adoecem duas vezes mais que não fumantes. Fumar é a maior causa evitável de doenças e mortes precoces em todo o mundo.

Cigarro eletrônico

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), sendo o mais comum o cigarro eletrônico (também chamado de vaporizador ou vape), são aparelhos alimentados por uma bateria e com formas e mecanismos de ação variados. Em geral tem o formato de cigarros ou canetas.

O cigarro eletrônico aquece uma substância líquida que pode ou não conter nicotina, tornando o líquido em “vapor”, que é inalado. 

O uso do cigarro eletrônico com nicotina, além de todas as doenças associadas ao tabagismo, ainda acarreta consequências como envenenamento, convulsões, traumas e queimaduras.

Para o meio ambiente, os danos incluem aumento de substâncias potencialmente cancerígenas no ar em ambientes internos, incêndios, explosões, resíduos ambientais (dispositivos de cigarro eletrônico descartados, cartuchos e cápsulas da substância líquida, e as substâncias tóxicas do líquido).

A comercialização, importação e propaganda dos DEFs são proibidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil.

Benefícios de parar de fumar

Há benefícios imediatos em parar de fumar. A seguir a linha do tempo:

  • 20 minutos – a pressão arterial e a pulsação se normalizam.
  • 2 horas – a nicotina não está mais circulando pelo sangue.
  • 8 horas – a saturação (nível de oxigênio no sangue) volta ao normal.
  • 12 a 24 horas – o pulmão já apresenta melhora no seu funcionamento.
  • 2 dias – melhora do olfato e paladar já podem ser percebidas.
  • 3 semanas – a circulação sanguínea e o fôlego melhoram e a respiração se torna mais fácil.
  • 1 ano – redução de 50% no risco de morte por infarto do miocárdio.

Após 10 anos sem fumar, o risco de sofrer um infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

O Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, que há mais de 30 anos vem desenvolvendo medidas para combater o fumo e ajudar as pessoas a pararem de fumar. O SUS disponibiliza tratamento gratuito através das Secretarias Estaduais de Saúde.

A maioria dos adultos fumantes no Brasil iniciou antes dos 19 anos de idade. Por isso, a OMS considera o tabagismo uma doença pediátrica. Estratégias agressivas precisam ser adotadas para prevenir a epidemia do tabagismo – proibição, fiscalização e controle de vendas para menores; acesso a programas educativos sobre conscientização dos riscos que fumar acarreta à saúde; programas de formação específicos voltados aos profissionais da saúde e da educação.

Não fume. Se fumar, procure ajuda profissional e pare o quanto antes.

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