Canabidiol e Burnout

Em 2019, o ISMA Brasil (International Stress Management Association) divulgou uma pesquisa em que 32% dos trabalhadores brasileiros em atividade sofrem da síndrome de burnout. Nos últimos três anos, o cenário do país mudou radicalmente: pandemia, crise econômica, insegurança no trabalho… Durante a pandemia, a PEBMED realizou um estudo transversal que apontou que 83% dos médicos atuando na linha de frente apresentaram sintomas de burnout.

Mas o que é burnout

Burnout: o que é?

Até 2019, o burnout era descrito como um estado de exaustão vital, sem correlação nenhuma explícita com trabalho ou doença. Em maio de 2019, na 72ª Assembleia Mundial de Saúde, os 194 países-membros da OMS (Organização Mundial da Saúde) revisaram a definição do burnout na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID). Em 2022, passou a ser reconhecida como “síndrome do esgotamento profissional” e como uma doença ocupacional.

O que causa burnout?

É um transtorno psiquiátrico resultante de uma rotina de trabalho patologicamente estressante, fruto de um ambiente hostil, que exerce um desequilíbrio além das condições psicológicas que uma pessoa pode suportar, sob extrema pressão. A OMS atualmente a descreve como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.

Sintomas do burnout

Os sintomas mais comuns associados à síndrome de burnout são divididos em físicos, psíquicos e comportamentais. São eles

Sintomas físicos

Alterações cardiovasculares, gastrointestinais e respiratórias, alterações no apetite (seja aumento ou diminuição), cansaço físico excessivo e progressivo, distúrbio do sono e insônia, dores de cabeça frequentes e que não passam com analgésicos, dores musculares, queda da imunidade e redução da libido. Nos homens há relatos de disfunção sexual, e nas mulheres alteração do ciclo menstrual.

Sintomas psíquicos

Muitos pacientes se queixam de alteração da memória, mudanças repentinas de humor, falta de atenção e dificuldade de concentração, pensamentos mais lentos, constante sensação de derrota, desesperança, fracasso, insegurança e incompetência. Quadros como depressão e transtorno de ansiedade generalizada quase sempre vêm acompanhando a síndrome de burnout.

Sintomas comportamentais

Mudanças gradativas no comportamento dos pacientes, como agressividade, abuso do consumo de substâncias como drogas lícitas ou ilícitas, aumento de comportamento de Alto Risco, dificuldade para aceitação de mudanças, irritabilidade, negligência, perda da iniciativa, absenteísmo, ironia/ cinismo no lidar com outras pessoas, isolamento e perda do interesse nas atividades rotineiras, tanto do trabalho como de lazer.

Burnout: tratamento

O tratamento é multidisciplinar, logo, psiquiatra, psicólogo e em alguns casos fisioterapeuta e educador físico podem fazer parte da equipe. Mudanças no estilo de vida, no trabalho, terapias e uso de medicamentos antidepressivos são algumas das estratégias adotadas para o combate à síndrome de burnout.

E o canabidiol (CBD) pode ser um forte aliado no tratamento.

Canabidiol e burnout

A pesquisa Efficacy and Safety of Cannabidiol Plus Standard Care vs Standard Care Alone for the Treatment of Emotional Exhaustion and Burnout Among Frontline Health Care Workers During the COVID-19 Pandemic, realizada em 2020 e publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA), concluiu que 60% dos sintomas de ansiedade, 50% da depressão e 25% de burnout foram reduzidos com o uso de canabidiol + tratamento tradicional, quando comparado com os que só fizeram o tratamento padrão.

Além disso, o uso do CBD reduz os efeitos colaterais dos medicamentos antidepressivos e age nos efeitos psíquicos do burnout, melhorando o humor, o sono, as dores de cabeça e musculares e diminui a incidência do abuso de substâncias ilícitas.

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