Março é o mês da conscientização sobre o câncer de colo de útero. Este que, excluindo o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres cis, e a quarta causa de morte delas por câncer no Brasil. Saiba mais sobre a campanha março lilás e sobre câncer de colo de útero.

Campanha Março Lilás

Março é o mês dedicado à mulher, sendo o Dia Internacional da Mulher celebrado no dia 8. Por isso, é o mês escolhido para alertar sobre o risco de uma das doenças que mais afetam mulheres cis no mundo.

Embora de origem incerta, especula-se que a cor lilás esteja associada à campanha por causa do movimento sufragista, que começou na Inglaterra no final do século XIX, em que as mulheres saíram às ruas e lutaram pelo seu direito ao voto. As cores lilás, branco e verde eram usadas como símbolo do movimento inglês. No século XX, o movimento já tinha alcançado o mundo, e a cor lilás estava sempre presente.

Os principais objetivos da campanha Março Lilás são:

•  conscientizar as mulheres sobre a importância de fazer o exame preventivo, também chamado de Papanicolau. O rastreamento deve ser feito no público alvo entre 25 e 64 anos, que já tenham vida sexual ativa;
• vacinar contra o vírus HPV, o maior responsável pelos casos de câncer de colo de útero. A vacina é aplicada gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em jovens entre 9 e 14 anos. No entanto, a procura é aquém do esperado: um pouco mais de 60% da população foi imunizada.

Para quem não tomou a vacina, o exame preventivo ajuda a identificar as primeiras lesões, que geralmente não apresentam sintomas. E se não tratadas corretamente, podem evoluir para um câncer de colo uterino.

Câncer de Colo de Útero – sintomas e fatores de risco

Nos primeiros estágios, o câncer do colo do útero não costuma apresentar sintomas. Por isso é considerada uma doença de desenvolvimento lento. Em estágios mais avançados, podem ocorrer sangramentos vaginais intermitentes ou após ato sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

O maior fator de risco é não se vacinar contra HPV na idade correta. Além disso, tabagismo, atividade sexual iniciada precocemente e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais aumentam o risco de desenvolver câncer de colo de útero.

O tratamento varia com a idade e estágio da doença, e pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 

Câncer de Colo de Útero – HPV

Alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano) são oncogênicos, e a infecção persistente pode causar câncer do colo do útero. Embora muito frequente, a infecção genital pelo HPV, na maioria das vezes, não causa nenhuma doença. Mas em alguns casos, há mutações celulares, que podem evoluir para o câncer. 

Essas alterações são descobertas facilmente no exame Papanicolau. As chances de cura do câncer de colo de útero são altíssimas, quase na totalidade dos casos. 

Para isso, é imprescindível a realização periódica do exame preventivo. Ele deve ser feito de três em três anos, após dois exames anuais consecutivos dentro dos parâmetros normais.

O melhor tratamento é a prevenção. Vacinem os jovens na idade certa e façam os exames preventivos com a frequência apropriada. Consulte o seu profissional de saúde de confiança e tire todas as suas dúvidas.