Na postagem anterior sobre o Novembro Azul, falamos sobre as origens e os objetivos da campanha. Agora, abordaremos a prevenção, diagnóstico e causas do câncer de próstata.
Câncer de próstata: prevenção
A melhor maneira de prevenir o câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Isso acontece porque não há causas específicas para o surgimento da doença.
É um consenso que mudanças na alimentação e uma rotina de exercícios físicos reduzem os riscos de desenvolver a doença. A recomendação é que:
- Adote uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais e pobre em frituras, refrigerantes e alimentos ultraprocessados;
- Mantenha o peso dentro dos parâmetros recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) – veja aqui os parâmetros e como calcular;
- Pratique atividade física. A OMS recomenda de 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana para todos os adultos. Acesse as Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sedentário;
- Não fume e evite o consumo de bebidas alcoólicas.
Câncer de próstata: diagnóstico
Em 2015, a Orizon fez uma pesquisa sobre o montante gasto em média, no Brasil, com o tratamento de câncer de próstata. O valor era R$ 12.501,55. Quanto antes o diagnóstico for feito, menos se gasta, maiores as chances de cura e a qualidade de vida do paciente.
O câncer de próstata tem um índice de cura em torno de 90%, se diagnosticado nos estágios iniciais. No entanto, as chances caem para menos de 10% se for um diagnóstico tardio.
O caminho para um diagnóstico precoce e para o sucesso do tratamento começa com um levantamento do perfil de saúde dos homens que apresentarem um ou mais fatores de risco para o câncer.
Homens com 50 anos ou mais devem realizar o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Ele mede a dosagem do antígeno, que é produzido pela próstata.
Porém, os pacientes que tiverem histórico de câncer na família devem iniciar esse acompanhamento mais cedo. Por isso a importância do levantamento de saúde.
Havendo alteração no PSA, o exame de toque retal precisa ser feito. No entanto, o diagnóstico definitivo demanda uma biópsia.
Embora haja muito preconceito e tabu acerca do exame de toque, é um procedimento rápido, de no máximo 15 segundos, e praticamente indolor.
Câncer de próstata: causas
A causa exata da maioria dos cânceres não é conhecida. O mesmo acontece com o câncer de próstata. No entanto, os cientistas vêm começando a compreender como algumas mutações no DNA (ácido desoxirribonucleico) das células podem levar células normais da próstata a se desenvolverem de forma anormal, formando o câncer. O DNA contém as instruções genéticas sobre o desenvolvimento e funcionamento de todas as células. E ele também pode influenciar o risco do desenvolvimento de certas doenças, como o câncer.
Sabendo disso, já foram mapeados os principais fatores de risco para o surgimento do câncer de próstata, que são:
- Idade – quanto mais velho, maiores os riscos. 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de próstata têm mais de 55 anos;
- Histórico familiar de câncer – homens com pai, avô ou irmão que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos são parte do grupo de risco;
- Sobrepeso e obesidade;
- Raça – homens com ascendência africana e caribenha são mais propensos a desenvolver câncer de próstata do que em homens de outras raças. Já os homens asiáticos e hispânicos/latinos são os menos propensos. Ainda não se sabe exatamente o motivo disso;
- Síndrome de Lynch – a síndrome de Lynch é uma alteração genética que aumenta a predisposição de um indivíduo em apresentar câncer no intestino grosso. Homens com essa síndrome também estão mais vulneráveis a ter câncer de próstata.
O caminho para uma vida com qualidade começa na informação. Procure por orientação médica sempre que surgir uma dúvida. Siga as recomendações do seu profissional de saúde de confiança.