Dia Mundial do Diabetes

Anualmente, o Dia Mundial do Diabetes acontece no dia 14 de novembro. Trata-se da maior campanha de conscientização sobre a mais comum entre as doenças não transmissíveis. Além disso, esse ano comemora-se 100 anos da descoberta da insulina.

Saiba mais sobre a campanha e o diabetes a seguir.

Dia Mundial do Diabetes: origem

A campanha surgiu em 1991, quando a IDF (International Diabetes Federation) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) se uniram a fim de chamar a atenção da população e de governantes para o diabetes e suas consequências.

14 de novembro era o aniversário do médico e cientista canadense Frederick Banting, que em parceria com o pesquisador Charles Best, conduziu as experiências que levaram à descoberta da insulina em 1921.

Estima-se que 415 milhões de pessoas tenham diabetes, e as projeções são de que em 2040 haja um aumento para 642 milhões de diabéticos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas têm diabetes, quase 7% da população do país. Os dados são alarmantes, já que as doenças crônicas não transmissíveis (como o diabetes) são responsáveis por mais de 70% das mortes.

Além disso, se não tratado corretamente, o diabetes pode causar complicações como: neuropatia diabética, doença arterial periférica (que pode levar a amputações de membros), nefropatia diabética – podendo ser necessário que o paciente faça hemodiálise ou precise de um transplante de rim -, pé diabético, retinopatia diabética (que pode chegar à cegueira), depressão e TAG (transtorno de ansiedade generalizada) e disfunções sexuais.

Diabetes: o que é?

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica causada pela falta ou má absorção de insulina. A insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas, controla a quantidade de glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia, e é obtida através da alimentação. O papel da insulina é metabolizá-la. No entanto, a pessoa com diabetes não consegue sintetizar a glicose corretamente, levando a altas taxas de açúcar no sangue. A longo prazo, altos índices glicêmicos danificam órgãos vitais, nervos e vasos sanguíneos.

Os sintomas mais comuns do diabetes são aumento da fome, sede e na frequência urinária. Fraqueza, cansaço, alterações no humor, feridas com cicatrização muito lenta e visão embaçada também são sinais clássicos da doença. Por isso, é vital que ao primeiro sintoma, a pessoa procure por orientação médica.

Tipos de diabetes

Algumas pessoas nascem com diabetes, outras adquirem na fase adulta, e há ainda o temporário. Os tipos mais comuns de diabetes são:

  • Diabetes tipo 1 – Surge na infância ou adolescência. O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, logo, o paciente precisa de reposição de insulina diariamente;
  • Diabetes tipo 2 – Geralmente acomete pessoas acima dos 40 anos de idade. Aqui, por questões ligadas à hereditariedade ou a hábitos de vida não saudáveis, o corpo não utiliza corretamente a insulina, tornando as células resistentes. O diabético, nesse caso, pode fazer uso de medicação oral, mas com o tempo pode vir a necessitar de insulina também;
  • Pré-diabetes – Ocorre quando os índices de verificação do diabetes encontram-se acima dos valores de referência, mas abaixo dos padrões para diabetes. Pode durar até 5 anos, com chance de ser revertida, se o paciente passar a adotar hábitos mais saudáveis para o resto da vida;
  • Diabetes Gestacional – Ocorre temporariamente durante a gestação. Após o parto, os índices glicêmicos costumam voltar ao normal. Mas é um dos fatores de risco para diabetes no futuro.

Vivendo com o diabetes

Embora seja uma doença grave que não tenha cura, a pessoa com diabetes pode viver uma vida plena. Mudanças no estilo de vida e incorporar hábitos mais saudáveis, como uma alimentação rica em fibras e pobre em açúcares, não ingestão de itens ultraprocessados, ingestão da quantidade apropriada de água, prática de atividades físicas regulares, não consumir bebidas alcoólicas ou cigarro e evitar sobrecargas de estresse podem tanto prevenir o diabetes quanto permitir que a pessoa com a doença tenha qualidade de vida.

Publicado pela primeira vez em 2006 e revisado em 2014, o Ministério da Saúde disponibilizou gratuitamente um Guia Alimentar para a População Brasileira, documento que analisa a realidade do brasileiro e as necessidades nutricionais, com foco no tratamento das doenças crônicas que assolam os brasileiros.

Além disso, para que o tratamento seja acessível a toda a população, a medicação para diabetes é disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Há opções como insulinas humana NPH e humana regular, metformina, glibenclamida, gliclazida e dapagliflozina.

É possível viver bem com diabetes, se o tratamento for precoce e continuado. O cuidado começa com a informação. Observe os sinais que o corpo dá e procure um médico ao menor sintoma.

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