Estado brasileiro faz importação de produto à base de Cannabis

Data de mais de 2 milênios os primeiros relatos com uso medicinal da Cannabis. Teriam sido os chineses os pioneiros, os quais descreveram os potenciais terapêuticos da planta no Pen-Ts’ao Ching, o livro mais antigo sobre fitoterapia de que se tem conhecimento, escrito pelo imperador Shen Nung, por volta de 200 a.C. 

Como já explicamos anteriormente aqui, a Anvisa aprovou a regulamentação de produtos à base de cannabis no fim de 2019. As mudanças foram implementadas no começo de 2020, mas um estado brasileiro já havia saído na frente.

Espírito Santo importa produtos à base de Cannabis

O Espírito Santo, estado com localização estratégica na região sudeste do país, vem oferecendo incentivos fiscais que chamam atenção da indústria farmacêutica.

Em 2019, a Secretaria Estadual de Saúde capixaba levantou a quantidade de pacientes que recebiam produtos com canabidiol na sua composição: 17 pacientes no estado precisavam fazer todo o trâmite para conseguir a licença de importação e, diretamente, importar os produtos.

A Anvisa também fez um levantamento sobre as solicitações de importação. Em 2018, foram 3.613 processos de solicitação. Até o terceiro trimestre de 2019, já eram 6.267.

A indústria farmacêutica começou a se movimentar após a regulamentação pela Anvisa.

O cultivo da planta segue vetado em território brasileiro. Então, as empresas interessadas nesse nicho precisam importar os produtos prontos ou o substrato da Cannabis para fabricá-los em território brasileiro.

Futura Medicamentos e Espírito Santo

“Pacientes com recomendação e receita médica para o uso de produtos com THC e/ou CBD, substâncias presentes na planta, vão poder comprar os medicamentos direto nas farmácias. Isso evita a demora e facilita o tratamento”, declarou Valter Luis Macedo de Carvalhaes Pinheiro, proprietário da Futura Medicamentos, uma distribuidora de medicamentos.

A Futura, que atua na distribuição de medicamentos farmacêuticos e hospitalares no Espírito Santo e no Brasil inteiro, escolheu o estado para receber todas as suas importações. Especialistas prevêem um faturamento acima de R$4 bilhões nos três anos a partir da implementação das normas.

“Existe uma estimativa de arrecadação de impostos com esses medicamentos de mais de um R$1 bilhão por ano. Estou apostando na tendência internacional onde o uso medicinal da droga alcança cifras bilionárias”, ponderou Valter Luis, ao comentar o processo.

A Futura percorre todos os caminhos para que você tenha uma vida com qualidade.

Gostou do conteúdo? Compartilhe
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn