No mês de junho acontece o Dia Internacional do Diabético, e a data foi criada com o objetivo de fomentar a conscientização para essa doença silenciosa, mas que se for ignorada, pode trazer danos severos à saúde de quem a tem.
Diabetes: o que é
A Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico, causado pela má absorção ou produção insuficiente de insulina. A insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas, e que tem função de quebrar as moléculas de glicose e transformá-la em energia, usada para manutenção das células do nosso corpo. A disfunção do metabolismo de açúcares, gorduras e proteínas do organismo geralmente é a responsável pela deficiência na produção de insulina.
Tipos de diabetes
Há alguns tipos de diabetes. Algumas são temporárias, outras precisam usar insulina. Saiba quais são os tipos mais comuns abaixo:
Diabetes tipo 1
É uma doença crônica não transmissível hereditária, facilmente detectada na infância ou adolescência porque nesse caso, a produção de insulina pelo pâncreas é muito pouca ou inexistente, logo, o paciente é insulinodependente – precisa de aplicação diária de injeções de insulina.
Diabetes tipo 2
Ocorre na fase adulta, em pessoas acima de 40 anos de idade. O corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida e as células são resistentes à ação dela. Relacionada a sobrepeso, sedentarismo, triglicérides elevadas, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Em princípio, o paciente não é insulinodependente e faz uso de medicação oral para o controle.
Pré-diabetes
É uma fase que pode durar de 3 a 5 anos, com chances de ser revertida. O diagnóstico vem quando a glicemia em jejum está entre 100 e 125 mg/dl, ou 140 a 199mg/dl no teste oral de tolerância à glicose – ou curva glicêmica, como é mais conhecido, ou ainda os percentuais de 5,7% a 6,4% na hemoglobina glicada. Com a adoção dos hábitos saudáveis para o resto da vida, o paciente pode evitar desenvolver a diabetes.
Diabetes Gestacional
A gestante tem o diagnóstico de diabetes gestacional se o nível de glicemia for igual ou superior a 92 mg/dl em jejum. É uma doença temporária, ocorre apenas durante o período da gravidez. Logo após o parto, os índices glicêmicos voltam ao normal.
Diabetes: sintomas mais comuns
Os sintomas da diabetes podem variar, dependendo do tipo, mas os mais comuns são:
- aumento do apetite;
- polidipsia – sede constante;
- poliúria – aumento na frequência urinária;
- Infecções por fungos na pele ou nas unhas;
- feridas que demoram para cicatrizar, principalmente nos membros inferiores;
- Impotência sexual;
- visão embaçada ou outras alterações visuais;
- perda de peso sem causa aparente (diabetes tipo 1);
- formigamento nos pés e mãos (diabetes tipo 2).
Diabetes: fatores de risco
A hereditariedade é um fator de risco muito forte para a diabetes tipo 2. Segundo a Dra. Ana Luiza Cardoso, médica especialista em endocrinologia e professora do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), mais de 75% dos pacientes apresentam história familiar da doença. Os demais fatores de risco são:
- obesidade, sobretudo a infantil;
- sedentarismo;
- hipertensão arterial;
- níveis altos de colesterol e triglicérides;
- medicamentos à base de cortisona;
- sobrecarga de estresse;
- ter mais de 40 anos, no caso da diabetes tipo 2.
Diabetes: prevenção
Não tem segredo: a diabetes, assim como a maioria das doenças, pode ser evitada se a população adotar uma rotina que inclua hábitos saudáveis, tais como:
- Alimentação balanceada e equilibrada, rica em fibras e pobre em açúcares e ultraprocessados;
- Ingestão da quantidade correta de água – esse site faz as contas de quantos litros de água você precisa beber, de acordo com o seu peso corporal;
- Atividades físicas praticadas regularmente;
- Redução de estresse;
- Redução do consumo de bebidas alcoólicas ou fumo.
Muitos pacientes demoram a descobrir que têm diabetes, o que pode contribuir para o agravamento da doença e causar outras complicações, como doenças cardíacas/infarto, doenças renais, lesões oculares – que podem levar à cegueira, lesões neurológicas, problemas nos pés e circulatórios – que podem levar a amputações de membros, entre outros.
Mantendo os exames em dia e fazendo consultas de rotina pode-se chegar ao diagnóstico precoce, que é o primeiro passo para uma vida longeva e com qualidade.