Uma das preocupações dos pais no mundo todo é com o crescimento de seus filhos. Comparações quanto à altura das crianças nas escolas e nos parquinhos levantam dúvidas e questionamentos incômodos. Mas a atenção aos possíveis distúrbios de crescimento não são de responsabilidade exclusiva dos pais. Tanto a iniciativa privada quanto a pública têm medidas para tratar essas questões.

Preocupações quanto ao crescimento infantil

Desde 1984, o Ministério da Saúde vem priorizando cinco ações básicas de saúde, com eficácia comprovada, para melhorar os resultados dos serviços de saúde na atenção à criança. São elas: promoção do aleitamento materno, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, imunizações, prevenção e controle das doenças diarréicas e das infecções respiratórias agudas. Pensando nisso, em 2002 foi publicado o manual Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, com normas técnicas, instrumentos operacionais, metodologias e estratégias de abordagens nas questões que envolvem o crescimento e desenvolvimento das crianças.

Para tal, define como crescimento infantil o aumento do tamanho corporal. As medidas como peso, estatura e os perímetros da cabeça e do tórax.

Uma criança é considerada de baixa estatura quando as suas medidas, levando em conta seu potencial genético, idade e gênero, estão abaixo das estabelecidas nas tabelas e curvas de crescimento.

Causas para problemas no crescimento infantil

As causas para problemas no crescimento infantil têm várias origens. Há causas genéticas, como a Síndrome de Turner, que afeta 1 a cada 2500 meninas no mundo, histórico familiar, doenças crônicas e deficiências hormonais. Nesse grupo, temos o hipotireoidismo e a deficiência do hormônio do crescimento.

Há também fatores subjetivos, como o atraso constitucional do crescimento e desenvolvimento, uma  fase que acontece com algumas crianças que entram na puberdade mais tarde. 

A falta de sono durante a noite também é uma causa, pois o hormônio do crescimento (GH – growth hormone ou Somatropina) é produzido e liberado no organismo durante o sono, com pico de produção entre 22 horas e 6 da manhã. Outras condições podem levar à deficiência do GH, como:

• tumores cranianos;
• quimioterapia e radioterapia;
• doenças infecciosas;
• doenças inflamatórias;
• doenças ósseas congênitas;
• distúrbios genéticos e
• causas desconhecidas.

Tratamento para distúrbios do crescimento infantil

Há tratamento para os distúrbios de crescimento infantil, basta observar a causa. O pediatra, após anamnese e exames, vai orientar sobre o tratamento.

Se a causa for algum tumor, cirurgia de remoção pode ser uma alternativa.

Mas como a maioria das causas está relacionada com o GH, a criança precisará fazer reposição hormonal. O tratamento é simples, seguro, e deve ser acompanhado por um endocrinologista. A somatropina é desenvolvida sinteticamente em laboratório e é usada na reposição hormonal. Ela age estimulando e acelerando a velocidade do crescimento infantil, podendo ser usada desde o início da infância até o final da adolescência.

Para garantir um crescimento infantil saudável, adote medidas como visitas regulares ao pediatra, acompanhamento do gráfico da medição e pesagem – sempre lembrando que o potencial genético (altura dos pais e contexto de crescimento) são dados importantes para a avaliação de irregularidade no crescimento infantil -, boa alimentação e qualidade do sono à noite.