Dia Mundial da Doença de Alzheimer

Em 21 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, e também o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. Ambas as datas têm como finalidade aumentar a conscientização e desafiar o estigma acerca da doença. 

Dia Mundial da Doença de Alzheimer 

O Dia Mundial da Doença de Alzheimer é uma campanha internacional da Alzheimer’s Disease International (ADI) realizada para aumentar a conscientização e desafiar o estigma que cerca a demência. Cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a doença de Alzheimer no mundo inteiro.

O tema da campanha 2021 é Know Dementia, know Alzheimer’s (Conheça a Demência, Conheça o Alzheimer), e o foco é o poder do conhecimento, os sinais de alerta de demência e a importância de um diagnóstico oportuno. Ao buscar informações, conselhos e apoio e, potencialmente, um diagnóstico, as pessoas são mais capazes de se preparar, planejar e se adaptar. 

Dia Nacional da Conscientização da Doença de Alzheimer

No Brasil, o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer foi instituído pela Lei nº 11.736/2008. As estimativas são de que há 1,2 milhão de casos no país, mas a maioria deles ainda sem diagnóstico formal. A Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) advoga em favor dos pacientes, familiares e cuidadores, disponibilizando materiais para consulta e grupos de apoio on-line.

Doença de Alzheimer: o que é

Em 1906, o psiquiatra e neuropatologista alemão Aloysius Alzheimer registrou, ao fazer uma autópsia, lesões nunca antes vistas no cérebro do morto. Os neurônios apareciam atrofiados em diversas partes do cérebro, com placas incomuns e fibras retorcidas, enroscadas umas nas outras. Caracteriza-se por demência ou perda de funções cognitivas – memória, orientação, atenção e linguagem – causada pela morte de células cerebrais. As causas são desconhecidas, embora haja muita pesquisa e teorias sobre a doença.

Evolução da Doença de Alzheimer

Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de retardar o avanço da doença e/ou controlar os sintomas. A evolução dos sintomas da doença é dividida em três fases: 

  • Fase leve: perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade para tomar decisões, perda de iniciativa e de motivação, sinais de depressão, agressividade, diminuição do interesse por atividades e passatempos;
  • Fase moderada: prejuízo de memória, esquecimento de fatos importantes e de nomes de pessoas próximas, incapacidade de viver sozinho, dependência importante de outras pessoas, necessidade de ajuda com a higiene pessoal e autocuidados, maior dificuldade para falar e se expressar com clareza, alterações de comportamento como  agressividade, irritabilidade e inquietação, e alucinações – ver pessoas, ouvir vozes de pessoas que não estão presentes;
  • Fase grave: prejuízo gravíssimo da memória, incapacidade de registro de dados e muita dificuldade na recuperação de informações antigas como, reconhecimento de parentes, amigos e locais conhecidos, dificuldade para alimentar-se associada a prejuízos na deglutição, dificuldade de entender o que acontece ao seu redor, dificuldade de orientar-se dentro de casa. Não raramente, incontinência urinária e fecal, prejuízo motor, precisando de auxílio para caminhar, podendo levar a necessidade de cadeira de rodas ou ficar acamado.

Tratamento para a Doença de Alzheimer

Por se tratar de uma doença degenerativa ainda sem cura, o tratamento serve para tentar retardar o avanço da doença e aliviar os sintomas, proporcionando uma melhor qualidade de vida para paciente e familiares. O acompanhamento da doença deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, com médicos (neurologistas, geriatras, psiquiatras ou clínicos gerais), psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores físicos, assistentes sociais, dentistas…

Prevenção como tratamento

Como na maioria das doenças, prevenir é a melhor estratégia. A prevenção da doença de Alzheimer inclui, o mais cedo possível, mudança de hábitos e estilo de vida. Os principais mecanismos são:

  • estimular o cérebro – aprender algo novo, como idioma, instrumento ou um hobby, e leitura;
  • exercitar-se: 150 minutos de atividade física semanais, como natação, caminhada ou quaisquer atividades acompanhadas por um profissional qualificado;
  • manter uma alimentação saudável e balanceada: a ingestão de legumes, verduras, peixes e frutas, alimentos ricos em Ômega 3;
  • controlar diabetes e pressão arterial: as duas doenças aumentam o risco de Alzheimer e de outros tipos de demência em até 50%;
  • tomar sol ou suplementar vitamina D: pessoas com idade avançada que não recebem quantidades suficientes de vitamina D correm mais riscos de apresentar demência e desenvolver Alzheimer.

Canabidiol e Doença de Alzheimer

O canabidiol age como analgésico, sedativo e anticonvulsivo. É usado no tratamento dos sintomas da doença de Alzheimer, mas também para esclerose múltipla, epilepsia, Parkinson e dores crônicas.

Ivo Suzin, hoje com 60 anos, foi diagnosticado com Alzheimer aos 52 e começou o tratamento com canabidiol aos 58. Nos primeiros meses, seus familiares notaram mudanças significativas no comportamento de Ivo. O relato de seu filho, Felipe Suzin, dizia que “Os sintomas eram os piores possíveis e lembro que um dia ele chegou a nos agredir e tentou até enforcar minha mãe. Os resultados foram surpreendentes. Hoje, mesmo não sabendo meu nome, ele fica bem mais calmo, sorridente e chega até a me abraçar e beijar. Apresentou melhora no sono e até para comer. Temos paz e ganhamos qualidade de vida”.

Há muitos outros relatos como esse, que indicam a diminuição da violência, avanço na interação, reconhecimento de familiares, melhora na depressão e aumento da independência, entre outras conquistas. 

Leandro Ramires, cirurgião oncológico, mastologista e presidente da Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal, acredita que o canabidiol traz uma melhora na vida do paciente e do cuidador. “Além de uma melhora na qualidade de vida do cuidador, o idoso com Alzheimer terá melhora no sono, na agressividade, não levantará tantas vezes durante a noite para fazer xixi. Os efeitos são evidentes”.

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