Quem pode se beneficiar com Canabidiol?

No post anterior, falamos sobre as propriedades e efeitos dos produtos à base da Cannabis.

No decorrer do ano de 2020, o Ministério da Saúde e a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) começaram a analisar a entrada desses produtos na lista de medicamentos adquiridos pelo SUS, a fim de eventualmente serem distribuídos aos pacientes do sistema público.

Mas quem pode se beneficiar dos produtos com canabidiol?

Quem pode se beneficiar com canabidiol?

No Brasil, quase 120 milhões de pacientes podem se beneficiar dos produtos de cannabis. As seguintes questões de saúde podem ser tratadas:

Canabidiol na psiquiatria

Alzheimer, Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno do Espectro Autista, depressão, Transtorno do Estresse Pós-Traumático e algumas doenças e transtornos raros podem ser melhores tratados com produtos com canabidiol.

Canabidiol na neurologia

Alzheimer, Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno do Espectro Autista, epilepsia, esclerose múltipla, Parkinson, Transtorno do Estresse Pós-Traumático e demais doenças raras serão beneficiadas com o uso de produtos à base de cannabis.

Canabidiol na gastroenterologia e coloproctologia

Colite ulcerativa e doença de Crohn – ambas doenças crônicas que não têm cura – afetam os intestinos, o cólon, o reto e a vida social dos pacientes. O canabidiol pode ser um aliado tanto para tratar os sintomas na fase ativa quanto para aumentar o período de remissão.

Canabidiol na ortopedia e reumatologia

O canabidiol é uma ferramenta na gestão da dor crônica, seja ela ortopédica ou reumática. Ele é capaz de diminuir até 30% as escalas de dor. Além da diminuição da dor, há aumento da tolerância à dor, melhora da qualidade de vida e retorno às atividades rotineiras. Com a fibromialgia, também se mostrou eficaz no controle da dor, segundo estudos publicados no mundo todo.

Canabidiol na genética médica e cardiologia

Doenças raras, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, são aquelas que acometem 65 em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 0,065% da população. Cerca de 80% das doenças consideradas raras tem origem genética. Cardiomiopatias, aortopatias (cardiológicas), Síndrome de Chediak-Higashi e Síndrome de Hermansky-Pudlac (genéticas) são exemplos de doenças raras.

Além disso, o Instituto do Coração (InCor), ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, anunciou em julho de 2021 que vai desenvolver uma pesquisa, de 2 anos de duração, sobre o óleo de canabidiol e a melhora das condições clínicas e psíquicas dos pacientes com insuficiência cardíaca.

Canabidiol na oncologia

O canabidiol, de acordo com diversas pesquisas, pode agir como um supressor de tumores, com ação anti-inflamatória que bloqueia o sistema de resposta do corpo ao câncer, além dos demais usos na conduta terapêutica do paciente oncológico, no manejo da dor, no controle de efeitos colaterais da quimioterapia, e para ajudar com a ansiedade e depressão que a doença traz.

Canabidiol e atletas

Recentemente, o canabidiol foi excluído da lista de substâncias proibidas da WADA (Agência Anti-Doping Mundial).

Com tantas substâncias incluídas no rol de produtos e medicamentos proibidos, o canabidiol será uma ferramenta muito útil para tratar diversas questões que os atletas profissionais possam ter.

Além disso, com a descoberta do sistema endocanabinóide, também se descobriu que o organismo produz canabinóides na forma endógena, ou seja, produz substâncias que se ligam aos receptores CB1 e CB2, presentes no sistema nervoso, tecido conjuntivo, gônadas, glândulas e órgãos (CB1) e no sistema imunológico e suas estruturas (CB2).

Quanto mais jovens, mais produzimos essas substâncias. Na fase adulta, o nível de produção de endocanabinóide diminui significativamente, embora continuem sendo fundamentais para manter em ordem e atividade outros sistemas do corpo, como o nervoso, motor, imunológico, ósseo, muscular e sistema digestivo.

Ou seja, num futuro muito próximo, a partir de determinada idade todas as pessoas terão recomendação de suplementar os endocanabinóides com fitocanabinóides, para manter a qualidade de vida e o bom funcionamento do corpo.

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