Em 26 de junho é celebrado o Dia Nacional do Diabetes. A data é uma parceria do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), para estimular o reconhecimento da condição das pessoas com diabetes mellitus, os sintomas, complicações, tratamento e determinação para encontrar a cura para a doença no Brasil.
Conscientização da Diabetes
A pesquisa mais recente feita pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) sobre a prevalência da diabetes no país observou que 7,1% dos homens brasileiros e 8,1% das brasileiras têm diabetes. No entanto, a International Diabetes Federation (IDF) calcula que 17 milhões de brasileiros, com idades entre 20 e 79 anos, tenham diabetes. O Brasil é o terceiro maior país com diabetes em crianças de até 14 anos.
Em menos de 30 anos, o diabetes avançou oito posições como maior causa de óbitos no país. Em 2017, a diabetes foi a 3ª maior causa de mortes, enquanto em 1990, ocupava a 11ª posição.
E caso os hábitos de vida não mudem, a expectativa é de que, até 2045, haja um aumento de 55% no índice de pessoas com diabetes na América do Sul e Central.
Tipos de diabetes
A diabetes é a produção insuficiente ou má absorção da insulina, um hormônio produzido no pâncreas. Sua função é quebrar as moléculas de glicose/açúcar e transformá-las em energia, essencial para manutenção das células do nosso corpo. Há diferentes tipos de diabetes:
- Diabetes tipo 1 – doença crônica, não transmissível e hereditária. Surge na infância/ adolescência. O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina e o paciente precisa de injeções diárias de insulina. 5% a 10% dos diabéticos são tipo 1.
- Diabetes tipo 2 – O corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida, tornando as células resistentes à ação dela. Sobrepeso/ obesidade, sedentarismo, triglicérides elevadas, hipertensão e hábitos alimentares inadequados são as principais causas. O controle glicêmico pode ser feito com medicação oral ou insulina, dependendo da progressão da doença e mudança de hábitos. Pessoas acima de 40 anos de idade são a maioria dos pacientes. Cerca de 90% do total de pessoas com diabetes têm a tipo 2.
- Pré-diabetes – É um estágio anterior à diabetes, que pode durar de 3 a 5 anos, e é reversível com a adoção permanente dos hábitos corretos. Quando a glicemia em jejum está entre 100 e 125 mg/dl, ou no teste oral de tolerância à glicose (curva glicêmica), o nível varia entre 140 e 199 mg/dl de glicose, ou também no teste de hemoglobina glicada, os valores para pré-diabetes são entre 5,7% e 6,4%, o diagnóstico é de pré-diabetes.
- Diabetes gestacional – A grávida tem diabetes gestacional se o nível for igual ou superior a 92 mg/dl em jejum. Logo após o parto, os índices glicêmicos costumam voltar ao normal.
Sintomas da diabetes
Os sintomas da diabetes costumam variar de acordo com o tipo. Os sintomas mais comuns a todos os tipos são fome e sede constantes, aumento na frequência urinária, fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea e vômito, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada. Na diabetes tipo 1, o paciente pode apresentar perda de peso sem motivo aparente, e na tipo 2, aumento do apetite, visão turva, ganho de peso e formigamento nos pés e nas mãos.
Tratamento da diabetes
O tratamento para diabetes consta de uso preciso da medicação prescrita, seja ela insulina ou oral, mudança de estilo de vida e controle rigoroso da glicemia. O acompanhamento com nutricionista é um dos passos mais importantes, pois é ele que vai avaliar os momentos e alimentos que devem ser ingeridos. Mas, no geral, uma alimentação balanceada e equilibrada, rica em fibras e pobre em açúcares e sem alimentos ultraprocessados, é o caminho. Beber a quantidade apropriada de água para o peso do paciente e praticar atividades físicas regulares também são parte do tratamento. Além disso, é necessário evitar o estresse, bebidas alcoólicas e cigarro.
O diagnóstico precoce é a primeira etapa do tratamento de sucesso. As pessoas com diabetes podem ter uma vida com qualidade e sem complicações, desde que entendam a importância de mudar os hábitos de vida.
