Até bem pouco tempo atrás, o suicídio não era considerado um assunto de saúde pública. Atualmente, com um entendimento maior da questão, é possível trabalhar pontos como campanhas de prevenção.
Prevenção de suicídio no mundo
O índice de mortes e tentativas de suicídios no Brasil e no mundo é alto, e se levar em consideração as subnotificações, esses números seriam muito maiores. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em documento publicado em junho de 2021, estabeleceu como meta a redução das taxas de suicído em ⅓ até o ano de 2030.
De acordo com a OMS, 700 mil pessoas morreram no mundo inteiro por suicídio em 2019, totalizando 1% de causa mortis. Nos jovens entre 15 e 29 anos, foi a quarta maior causa de morte.
Pesquisas realizadas no mundo buscam entender as medidas mais eficazes para a prevenção de suicídio. Entre elas, estão:
- treinamento eficaz das equipes de saúde, para identificar e tratar corretamente episódios de depressão;
- restrição ao acesso a meios (armas de fogo, remédios, etc);
- acompanhamento do paciente após alta hospitalar/atendimento em posto de saúde pós tentativa de suicídio.
Prevenção de suicídio no Brasil
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Conselho Federal de Medicina e outras entidades da sociedade civil se juntaram para criar a cartilha Suicídio: informando para prevenir. Nela há informações para médicos, profissionais de saúde e para a população sobre como identificar pessoas em risco e prevenir o ato suicida.
No Brasil, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. As causas mais comuns são os transtornos de humor não tratados, abuso de substâncias psicoativas, esquizofrenia não tratada e transtornos de personalidade não tratados.
Outros fatores destacados na cartilha são:
- problemas na vida pessoal;
- assuntos profissionais;
- questões na vida social;
- insalubridade financeira;
- problemas de saúde mental e falta de acesso a serviços e cuidados.
Fatores de proteção para o suicídio no Brasil
De acordo com a OMS, os fatores de proteção são classificados em três grandes grupos: relações pessoais fortes, crenças religiosas ou espirituais e práticas de estratégias positivas de enfrentamento e bem-estar. Dentro desses grupos, eis os principais fatores de proteção:
- autoestima elevada;
- suporte familiar adequado;
- laços sociais bem estabelecidos com família e amigos;
- Vínculo religioso, independente de qual;
- saúde mental bem tratada;
- ter emprego;
- ter crianças em casa;
- senso de responsabilidade com a família;
- gravidez desejada e planejada;
- capacidade de resiliência;
- capacidade de resolução de problemas e
- acompanhamento psicológico.
Para mais informação sobre o assunto, leia o relatório Prevenindo o suicídio: um imperativo global.
E lembre-se: Se precisar, peça ajuda.